Se quiser solucionar qualquer questão, antes de tudo, é preciso compreender o que deseja resolver.
Nossas vidas sofrem interferências cujas causas nem sempre sabemos explicar e, pior, nem sequer percebemos quando tais interferências surgem, só sentimos seus impactos e com isso atrasamos nossos planos e adiamos a conquista de objetivos e metas.
Os hábitos ruins também acabam por nos trazer resultados abaixo do que gostaríamos e ficamos sem entender como lidar conosco mesmos para reforçar padrões positivos e mudar os negativos.
Os problemas que nunca param de brotar para quem está vivo representam motivos de muita desistência e da perda da fé em si e na vida. Enfrentar problemas é a condição para avançar na vida. Tenho aprendido na prática que ninguém caminha nesta Terra com 100% das condições, sempre existem desafios a serem enfrentados.
Os problemas são de diversas naturezas, porém, todos, sem exceção, tiram um pouco do brilho dos olhos e da alegria do coração. Para serem superados exigem um olhar diferenciado para que possamos escapar de sua força destrutiva.
Questões emocionais afetam diretamente nossa capacidade de orientação na vida, nos fazem sentir perdidos e sem esperança. Problemas de relacionamentos amorosos, familiares e de amizade interferem em nossa capacidade de nos sentir partes da humanidade. Dificuldades com a vida profissional podem gerar fortes sensações de inadequações e conduzir a um desânimo generalizado. Aspectos sentimentais não resolvidos tem o poder de desequilibrar a autoestima e de enfraquecer nossa compaixão e amor pelos semelhantes.
Antes de você amar, exercer funções profissionais ou fazer qualquer coisa, você é filho. Ser filho é a primeira condição humana e a que nos permite tomar, no sentido de receber, a vida com toda sua força. Para que possamos superar os hábitos nocivos, as interferências e os problemas, e preciso compreender que para seguir bem em todos os aspectos, o filho precisa:
a) tomar a vida como lhe foi dada;
b) saber que o que os pais lhe dão vão além da vida concebida e gerada;
c) respeitar o que pertence aos pais: talentos, méritos e sucessos;
d) aceitar que os pais são grandes e que filho é sempre pequeno;
e) aceitar que cada um na família tem seu lugar e que pertencem.
Essas dinâmicas são de alma, portanto, internas, mas tem o imenso
poder de curar nossas relações conosco, com os outros, com a vida e com o Universo. (Aluísio Alves: Psicanalista, Doutor em Educação Médica, Constelador Sistêmico, Executive Coach, Treinador Comportamental).