A mulher que olha para sua linhagem feminina ancestral passa a ter clareza sobre o que precisa acrescentar às suas atitudes e o que precisa eliminar de sua vida.

Não é novidade a luta que a mulher tem travado, principalmente no Ocidente, para conquistar sua emancipação integral. E todos sabem, também, que em muitos aspectos já avançou e que, claramente, tem muito ainda a conquistar com sua postura, seu trabalho e sua gigantesca paciência.

Tenho o privilégio de ter uma mãe cuja postura sempre foi e é libertadora e também de ser pai de uma única filha, já atuante na vida profissional, portanto, somente isso já me daria um campo de visão suficiente para admirar a força da mulher para ser e se estabelecer num mundo culturalmente desfavorável a ela. Entretanto, a vida tem sido muito mais generosa comigo por estar aprendendo muito, durante toda a minha carreira profissional, com equipes majoritariamente formadas por mulheres e, nos últimos vinte anos atender a um número muito grande de mulheres decididas a galgarem outros níveis de satisfação em suas vidas. Tem sido um aprendizado constante.

No campo terapêutico tenho me inquietado com o alto grau de sofrimento e de solidão de mulheres financeiramente independentes, intelectualmente autônomas, com qualidades pessoais e profissionais admiráveis, porém, presas a relacionamentos destrutivos, tóxicos e sem vida. Por outro lado, algumas mulheres se tornam amarguradas, agressivas e intolerantes, agindo de forma oposta ao que gostariam. A pergunta que tenho me feito é óbvia: para quê isso?

Minha contribuição profissional tem sido a de criar e oferecer ferramentas para que a mulher olhe para sua linhagem feminina ancestral, sobretudo, para que possa perceber se está repetindo histórias ou recusando belíssimas energias de superação de suas antecessoras na família. Os resultados tem sido na exata proporção da abertura de alma que cada mulher faz. Sem essa permissão interna, essencial, a mulher se condena a uma vida muito aquém da que pode e merece viver, mas, é preciso compreender o que está prendendo seus tornozelos ao sofrimento e à solidão.

Afinal, que motivos estão por trás do fato de algumas mulheres atraírem tantos relacionamentos ruins, perigosos e sem amor? O que precisa ser olhado para que pare de se contentar com tão pouco na vida afetiva ou profissional? O que pesa em sua vida para que tenha que pagar literalmente pelo reconhecimento dos familiares? O que as afasta de sua verdadeira missão de vida e da construção de um belo legado? O que faz tantas mulheres desistirem de si mesmas e viverem à custa de pesadas doses de medicamentos e de intermináveis terapias, sem, ao menos, acreditarem numa força à qual possam se agarrar e sair do fundo do poço existencial?

Grande parte dessas respostas está na linhagem feminina ancestral da mulher. Mesmo que não se conheça oralmente ou por meio de documentos a história das antigas mulheres que, uma a uma, foi passando a vida adiante até chegar à descendente, é possível acessar o maravilhoso campo de memórias da família de origem e se conectar com essas mulheres antigas, sem dúvida, a maior parte formada por guerreiras, curandeiras e mães amorosas conectadas com a vida, porém, algumas, pelos misteriosos destinos da existência, foram sofredoras cujos lamentos podem, infelizmente, ter alcançado o coração de algumas descendentes igualmente amorosas e que tomaram inconscientemente a tarefa de continuar aquele triste destino de sofrimento, solidão e de ausência de felicidade. A excelente notícia é que nenhuma mulher precisa ficar presa nas histórias pesadas de algumas ancestrais. Pode solucionar isso, curar sua vida e abrir uma comunicação de alma com sua linhagem feminina ancestral, recebendo dessa fila de mulheres incríveis, uma energia que lhe permita retomar as rédeas da sua vida, equilibrar a autoestima e honrar suas ancestrais com muita alegria e felicidade plena. (Aluísio Alves: Doutor em Educação Médica, Psicanalista, Terapeuta Sistêmico e Constelador Familiar).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *