Quando me recuso a olhar para meus erros, perco a sintonia com o amor que cura e me faz avançar.
Se quero crescer pessoal ou profissionalmente, se quero ter disciplina para aproveitar melhor o meu tempo e mesmo desejando isso, percebo que estou levando minha vida para outra direção, é porque estou cometendo erros e, ao mesmo tempo, me negando a olhar com seriedade e sem querer parar de continuar me iludindo.
Todo erro que cometo, desde o menor até o maior, tem consequências e não tem como mudar isso, por outro lado, se apenas quero conquistar algo em minha vida, mas, deixando debaixo do tapete erros que justamente me impedem de ser, fazer e ter o que quero, sinto-me impotente, com baixa autoestima e um sentimento repetitivo de querer culpar os outros ou as circunstâncias da vida.
Aprendi que é impossível continuar errando, negar os erros e ainda conseguir as coisas importantes em minha vida. Aprendi que posso sintonizar minha vida com uma força nova que sempre esteve disponível para meu crescimento se olhar e concordar internamente que estou errando e estou errado exatamente naquilo que poderia estar sendo favorável ao meu crescimento.
Mesmo doendo, olho para hábitos destrutivos que cultivo e até os defendo com argumentos lógicos, mas, que, no fundo, sei a estupidez que cometo mantendo isso em minha vida.
Olho para o mal uso que faço do tempo e tomo uma decisão de levantar mais cedo e manter o foco a maior parte do dia. Olho para a forma como me alimento e ponho diante de mim o desafio de beber e comer somente o que faz bem ao meu corpo.
Olho para a ingratidão que tenho em relação aos meus pais ou a um deles e passo a me alegrar com minha mãe e meu pai sem querer que eles mudem seu jeito de ser.
Olho para as drogas, com seus encantos mágicos e passageiros, para seus efeitos devastadores nos meus músculos, no meu rosto, nos meus relacionamentos, na minha carreira profissional e, mesmo com a sensação de estar preso num pântano pegajoso, concordo que estou errando contra a força da vida e livro-me do que achava que era impossível e agora vejo que não é. Afasto-me dos meus pensamentos idiotas e repetitivos de criar justificativas para algo que me destruía.
O que muda quando olho para meus erros? Passo a sentir um outro amor que cura minha dor e me fortalece para a caminhada de todo dia. Encontro, sem sofrer, a serenidade para a rotina que antes era terrível devido à ansiedade que me dominava. O tédio vira apenas uma palavra, não tem força sobre minha vida e nem me empurra para o escuro do meu quarto ou para a tortura das autossabotagens, filhas dos meus erros.
O que muda quando olho para meus erros? Recupero o que faltava para seguir e realizar meu propósito de vida e retomo a sintonia com o amor que cura, entro em sintonia comigo e com novas forças que me ajudam avançar. (Aluísio Alves: Psicanalista, Terapeuta Sistêmico, Pós-Doutorando em Educação, Doutor em Educação Médica, Hipnose Clínica, Mentoria de Líderes e Equipes).