Talvez a pergunta tenha levado muita gente a pensar sobre Cinema, Séries, Netflix, YouTube ou TV e isso é perfeitamente normal; talvez tenha feito alguns “quebrarem a cabeça” sobre uso correto do verbo assistir…
Entretanto, este breve estudo quer provocar uma reflexão sobre as histórias e verdadeiras produções cinematográficas que criamos e ficamos assistindo dentro da nossa cabeça, na tela dos pensamentos. Falarei aqui do que conheço, do que já aconteceu comigo porque já passei muitos anos da minha vida criando e assistindo sem parar filmes de terror, de dramas e de suspense que só existiam na minha cabeça e isso me trouxe muitos problemas ou atrasos que eu não precisaria ter se soubesse antes como lidar com isso. Nos últimos tempos em minha tarefa de ajudar pessoas nos grupos ou nos atendimentos individuais, a minha própria experiência negativa com essas projeções internas tem feito a diferença na vida de muitos e espero que possa trazer para você muito esclarecimento e vontade para mudar de canais e de filmes que anda assistindo…
Quando assistimos a filmes dentro de nós, a personagem principal somos nós mesmos e, dependendo do que carregamos de conteúdos em nosso psiquismo por meio das vivências e variadas experiências desde muito tempo em nossa existência, acabamos por “criar filmes” em que essas impressões mentais e emocionais são destacadas e, o pior de tudo, é que quanto mais repetimos as sessões nos nossos canais internos, mais são reforçados esses conteúdos e nos dão uma falsa certeza de que é exatamente como vemos… e, assim, ficamos numa roda que não para nunca para e, sem que tenhamos consciência, carregamos todo um conjunto de histórias e justificativas para adoecimentos na alma, no corpo, nas relações, na vida financeira, no autoconhecimento…
Quando pergunto para você: quais são os filmes que tem assistido, o objetivo é despertar uma auto-observação capaz de lhe dar a dimensão exata do que está fazendo da sua própria vida com as projeções internas na sua mente e o que você pode e deve fazer para mudar essa realidade.
Em primeiro lugar, é preciso compreender que é perfeitamente possível mudar sua produção cinematográfica e passar a projetar na tela interna outros tipos de filmes, por exemplo, sobre perdão, superação, otimismo, felicidade, saúde, amor, compaixão, alegria, gratidão… é claro, que, em muitos casos, será preciso de ajuda profissional e isso só engrandece quem busca porque revela senso de realidade, humildade e inteligência. Procurar ajuda é uma boa solução e não diminui ninguém.
A outra providência é parar de se culpar por ter perdido tempo com filmes ruins e destrutivos. Olhe de maneira diferente, quer dizer, seja grato por ter despertado a tempo de mudar a qualidade dos seus sentimentos e pensamentos e use toda a força da experiência com o que não deu certo e não funcionou para ser mais direto e não se distrair no Caminho. Seja bom para você e se trate com mais amor antes de ficar esperando ou exigindo que os outros façam isso com você! Aqui cabe lembrar o antigo ensinamento: “ninguém ama a quem se despreza”.
E, então, quais são os filmes que você assistirá a partir de agora? (Aluísio Alves: Psicanalista, Terapeuta Sistêmico, Pós-Doutorando em Educação, Doutor em Educação Médica, Hipnose Clínica, Mentoria de Líderes e Equipes).