“Nós nos amamos, mas, nos sentimos infelizes e com o relacionamento cada vez mais enfraquecido.”
Talvez, numa primeira olhada, esta frase pareça contraditória e estranha quando se refere à vida do casal, porém, neste breve estudo, vou mostrar para você que esse sentimento é muito mais comum e repetitivo do que possa parecer.
Na realidade, o que mais acontece é que quando as pessoas se unem como casal, acreditam que tendo o amor, tudo estará resolvido e que poderão seguir bem na vida a dois, porém, em pouco tempo de convivência debaixo do mesmo teto, um dos parceiros ou os dois percebem que as coisas não são bem assim da forma como tudo foi imaginado.
Recebo muitos casais que procuram uma terapia exclusiva, fechada só para ele, que esteja focada em resolver o que está oculto na relação, ou seja, aquilo que não estão conseguindo detectar mas que está deteriorando seu relacionamento e, com esses atendimentos, aprendi muito sobre as dinâmicas sutis que surgem na vida a dois.
Criei e aperfeiçoei um método seguro e bem embasado no que aprendi cientificamente em cursos realizados durante muitos anos em universidades reconhecidas publicamente e enriquecido peta minha experiência em consultório de psicanálise e terapias breves que me sustentam tanto teoricamente quanto em termos práticos e, os casais têm ficado muito satisfeitos com os resultados rápidos devido à consistência da forma como atendo.
Antes de continuar, quero perguntar para você: o amor é suficiente para a vida do casal?
Não importa se você tenha respondido que sim ou não ou que depende da quantidade de amor, afinal, é preciso dizer que o amor não se mede e nem se pesa, o amor faz sentir seus efeitos na convivência, não é mesmo? Mas, se você respondeu que não, ou seja, que o amor não é suficiente para a vida do casal, você está certíssimo porque a vida a dois pede mais do que amor, embora o amor jamais deva ser deixado fora do relacionamento.
O amor tem a ver com altruísmo, com a atitude de perceber o outro, de querer e de facilitar o bem da parceira ou do parceiro.
Quando um parceiro impede conscientemente o desenvolvimento integral do outro ou da outra, tem amor numa atitude dessa? Claro que não, porque amor envolve ter prazer em ver o o outro crescer em todos os sentidos.
Por isso, quero mostrar agora para você alguns ítens que não devem ser esquecidos para que um relacionamento de casal seja mais leve e duradouro:
Antes de tudo, o COMPANHEIRISMO que é o estar junto… se não cabem os dois, jamais um deve estar sozinho, a não ser em situações ou ocasiões óbvias em que é necessário estar só um parceiro ou parceira.
Outra atitude essencial é SE INTERESSAR PELA VIDA DO OUTRO, saber dos sonhos, dos projetos, dos desejos que estão na cabeça e no coração de quem escolheu passar os dias ao seu lado.
A terceira ação é ABANDONAR O “EU” E O “MEU” e passar a conjugar tudo em combinação com o “nós” e o “nosso”…
A quarta atitude é CORTAR O CORDÃO UMBILICAL COM A FAMÍLIA DE ORIGEM, isso significa entender e praticar o seguinte: continue honrando seus pais, porém, agora que está numa vida a dois, deixe “a casa dos seus pais” para ser um ou uma com o parceiro ou parceira de vida. Sem isso, a vida a dois estará se deteriorando e poderá desabar.
Como você descobriu, o amor é fundamental na vida a dois, mas, não é suficiente para sustentar uma relação de casal leve, amadurecida, prazeirosa e duradoura.
Pense nisso e, se precisar busque ajuda profissional.
(Aluísio Alves é Doutor em Educação Médica e Psicanalista. Oferece terapia de casal, soluções e tratamentos para questões familiares, sexualidade, profissão e negócios).